Dr. Lino Beber
Somos muito gratos ao Dr. Lino porque resgatou nossa história, nossas raízes. Também nos possibilitou conhecer os lugares onde nasceram nossos avós e nosso pai e viveram até a vinda para o Brasil. Este blog tem por finalidade maior, contar um pouco dessa história, a história da nossa família.
Dr. Lino e família

domingo, 6 de novembro de 2011

Outra vez - será em março 2012

Que maravilha! Depois de 2008, mais uma vez vamos reviver as emoções de estar no solo onde nosso saudoso pai nasceu. É sempre uma graça poder estar e sentir tantas emoções e recordar tantos sentimentos vividos em nossas vidas.
Desta vez, um novo itinerário, mas sem deixar de retornar a alguns lugares que cada vez que lá pisamos, é como se fosse a primeira vez.
Iniciaremos por Milão onde encontraremos a sobrinha Alice  que estará a trabalho naquele belíssimo lugar.
Depois iremos para Pérgine, região que viu nosso pai nascer e crescer até os onze anos, quando migrou para o Brasil. Ali visitaremos pela segunda vez o lugarejo e a casa (que ainda existe) onde nossos avós, tios e nosso pai viveram. Vamos rever parentes que gentilmente prepararam uma bela recepção, um verdadeiro encontro de gerações em 2008 e desta vez não será diferente, um novo e emocionante encontro deverá acontecer.
Após todas essas emoções que viveremos, com certeza, vamos ainda a:
- Vigolo Vattaro, lugar onde nasceu Amabile Visintainer, a Santa Paulina;
- Veneza;
- Viena;
- Suiça;
- Maranelo, a paixão do cunhado Eraldo pela Ferrari;
- Assis, Catedral de São Francisco e Santa Clara;
- E para finalizar, Roma e Lisboa. Será inesquecível como foi em 2008.
Que o Senhor nos abençoe, agradecemos por mais esta graça que Ele nos concede.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ORIGEM DA FAMÍLIA VISINTAINER E BEBER



Em pé os filhos Rosa e Carlo Visintainer A esquerda o Filho Silvio Visintainer ao lado dos pais Filomena Beber e Emanuele Visintainer, a direita o filho Giusepe Visintainer e no colo o filho mais novo Albino Visintainer.

Ola!
Aqui voce vai conhecer um pouco da historia de Emanuel Visintainer e Filomena Beber que migraram para o Brasil com cinco filhos no ano de 1936.

ORIGEM DE NOSSA FAMÍLIA
1- VISINTAINER/ BEBER NA GUERRA.


O antagonismo entre o Império Austro-húngaro e Itália a conseqüência da guerra deflagrada a fins de julho de 1914 atingiu inesperadamente a família de Emanuele Visintainer e Filomena Beber, o confronto bélico que envolvia por uma parte Alemanha, Turquia, Bulgária e os reinos unificados de Áustria e Hungria e pela outra uma congregação de nações, muitas das quais eram beligerantes ativas congregadas no campo de batalha.
Emanuele filho de Leonardo Visintainer e Mariana Beber e neto de Martino Visintainer, sua esposa Filomena filha de Giovane Beber e Ângela Piva era neta de Domenico Beber e Domenica Pincigher.
Da união de Giovanni Beber e Ângela Piva, nasceram quinze filhos sendo uma delas, Filomena Beber nascida em 08.07.1880. Os outros Domenica Ângela nascida em 14.10.1864, casou com Oss Anderlot Francesco, Ângela nascida em 05.07.1866, casou com Anderle Domenico, Francesco Cirillo nascido em 11.03.1868 casado com Beber Rochele que era sua prima irmã, filha de Beber Domenico um irmão de Giovanni, Rosa nascida em 08.07.1869, casada com Valcanover, Maria nascida em 17.01.1871 casada com Beber Giovanni, Giusepe Domenico nascido em 14.05.1872, casado com Beber Virginia, Oliva Caterina nascida em 08.08.1873, faleceu ainda na infância, Carlotta nascida em 27.01.1875, solteira e sempre trabalhando para a família Sittoni, Giovanni nascido em 22.03.1876, casado com Moltrer Caterina e depois com
Luns Maria, Antonio nascido em 09.06.1877, trabalhou muito tempo no canal de Panamá, Oliva nascida em 05.10.1878, casada com Fontanari Francesco, Clementina Fioretta nascida em 08.07.1882, religiosa, faleceu em Beltremme, Ângelo nascido em 06.06.1886, casado com Rosina Visintainer, uma irmã de Emanuele Visintainer, que migrou para o Brasil, teve três filhos e foi assassinado por um parente Beber deixando Rosina viúva. Caterina, nascida entre 1884 e 1885 que também era religiosa e morreu na Argentina.
Emanuele Visintainer tinha cinco irmãos Emilia que casou com Oss Alfonso Menegol e teve seis filhos Pia Baitella, Elisa, Beber Fiorina, Tullio, Stefano e Maria, Riccardo, enfermeiro por profissão (Filomena, lembra que Riccardo ao chegar em sua casa, a primeira coisa que ele fazia era por os sobrinhos em uma gamela de madeira e dar banho, sua sogra Mariana Beber ficava irritada, pois, dizia que não devia se dar banho nas crianças, pois, o banho enfraquecia as mesmas), Ricardo teve três filhos: Maximo, Giulio e Carmella, Giovanna não teve filhos, Rosina casada com Ângelo Beber, faleceu em Galópolis e Bepina veio com o marido da Itália e faleceu em Rio Grande. De Bepina, Filomena comentava que era casada com um homem muito esnobe, pois, sua esposa tinha que estar sempre muito bem arrumada e ele por sua vez sempre falava a ela para cuidar para não estragar as roupas e os calçados, pois, eram muito caros.
A última notícia que se teve de Bepina foi em 1952, quando um time de futebol de Galópolis foi jogar em Rio Grande e o marido de Bepina, que estava de luto pelo falecimento da esposa, perguntou se eles conheciam a família de Emanuele Visintainer e pediu que avisasse que ela havia falecido.
O matrimônio de Emanuele e Filomena formou uma família numerosa de cinco filhos, Carlo, Giusepe, Rosina, Silvio e Emilio; Nesta época Emanuele foi recrutado para defender o Império, servindo como ferreiro e assim, foi obrigado a deixar sua esposa e seus cinco filhos.
O início do martírio sobreveio quando o lar da familia Visintainer se vio inesperadamente no centro do campo de batalha; Porém, a desventura não tardou em aumentar quando todos os habitantes do lugar se viram obrigados a abandonar suas vivendas para amargar o desterro. Em trem e sem nem sequer poder apanhar seus pertences pessoais, os Visintainer fizeram parte do exodo, engrossando um improvisado campo de refugiados que mal os distanciava da zona de risco. Naquele momento ninguém podia imaginar que se tratava de um período apocalíptico. Era inverno e o frio era muito rigoroso, o acampamento improvisado não contava com as mínimas condições de sobrevivência. As famílias que ali se refugiavam em uma situação penosa, se arranjavam da melhor maneira e os alimentos eram trazidos de caminhões e se resumiam, a repolho, batata e feijão, que eram jogados no chão e recolhidos pelas pessoas que ali estavam. Os dias não tinham fim, ali se encontravam mulheres, crianças e idosos, se não bastasse à preocupação com os chefes de família, recrutados, para a guerra, tinham que passar dias intermináveis, sofrendo com o rigor do inverno, que ao passar dos dias passou a espalhar doenças de toda índole. Os dois filhos menores, Emilio, com quatro meses e Silvio com aproximadamente três anos, logo ficaram doentes pela rudeza do clima e acabaram morrendo pela carência de assistência medica. Filomena lembrava que Silvio, gostava de chupar limão, então ela cortava em pequenos pedaços e levava escondido para o filho na enfermaria do campo onde ele estava, quando aparecia alguém ele escondia embaixo das cobertas.
Alem de cuidar dos filhos, Filomena cuja saúde já estava abalada e tinha a seu cargo o sogro e a sogra cuja idade avançada exigia cuidados diferenciados. Com o passar do tempo, a própria Filomena começou a sofrer os efeitos das paupérrimas condições higiênicas e alimentares adoecendo de anemia hidrópica e adquirindo uma doença que naquele tempo era chamada vulgarmente barriga d’água. Na época a senhora Mariana Beber, parteira de profissão e avançada idade vinha consumindo seus nervos a partir de seus setenta anos e quando a neurogenia se manifestava em uma obsessão doentia que deformava seus conhecimentos obstetrícios ao ponto de chegar a desconfiar do ventre da nora, acreditando ser fruto de uma infidelidade a seu filho. A doença de Filomena persistiu até que, com o passar do tempo foi cedendo e quando o Império Austrohúngaro se dissolveu, ainda antes de se reunir a conferência de paz no Salão dos Espelhos de Versalles, a situação familiar já se tinha amenizado. Porem somente no dia 10 de setembro de 1919 se consagrou a nova situação que mutilava o território Austríaco com a cessão à Itália, do Trentino, sul do Tiról, Trieste e Istria. Esta nova geografia concluiu integrando a atual Itália e permitiu a Filomena reencontrar-se com seu marido Emanuele que mostrava uma cicatriz produzida por um estilhaço de granada que ainda permanecia instalado na sua mão esquerda.


2 - A VOLTA


O tempo passou e enfim a noticia “a guerra havia terminado” e era hora de voltar para casa. Motivo de alegria, pois, aquele sofrimento iria terminar e em oração agradecia a Deus por saber que seu marido havia sobrevivido. Emanuele retornou bem e carregando apenas uma bolinha de chumbo de um disparo em uma de suas mãos, resultado de uma das batalhas travadas. Com os tratados firmados, passaram a ser cidadãos Italianos, pois, a Itália havia recuperado parte do território que um dia já havia sido sua e que em conflitos anteriores tinha perdido para a Áustria.
O reencontro com sua propriedade, que tinha muitas benfeitorias, tais como, parreirais, criação de galinha, vacas de leite, já não era mais a mesma. Os animais foram abatidos pelos soldados para alimentação e as benfeitorias estavam totalmente destruídas. Filomena contava que ainda se via valas semi-abertas, onde soldados haviam sido enterrados, em alguns lugares com partes dos corpos descobertos.
As lembranças naquele momento vieram a sua mente e se deram conta que estavam retornando com o coração dilacerado por terem deixado dois filhos mortos e deveriam continuar. Coragem naquele momento era fundamental, pois, tinham ainda três filhos. Refeitas as forcas, a batalha continuou para recuperar o que haviam perdido. Passaram se alguns anos a vida ia seguindo seu curso; Enquanto reconstruíam e sonhavam com o futuro, mais dois filhos nasceram: Silvio e Albino.
Enquanto Filomena estava grávida de Albino sua sogra faleceu, sendo Albino o único filho que não nasceu pelas mãos de Mariana Beber, que era parteira.
Com a mudança de nacionalidade, as famílias passaram a seguir as leis Italianas, o que agravou ainda mais a situação, pois, a carga de impostos era muito grande e era difícil sustentar a família com dignidade. Há algum tempo Emanuele havia despertado o interesse nos programas de migrações e ouvia falar de uma América rica de possibilidades e prosperidade e resolveu se escrever. Nesta época muitos irmãos e parentes já tinham partido para diversas partes do mundo nestes mesmos programas.
Emanuele viajou para o Brasil em 15.08.1929, pois nesta época o patriarca da família, deveria vir primeiro e se estabelecer preparando assim as condições para, só depois trazer a família. Com esta situação a condição financeira da família que ficou na Itália, se tornou insuportável, pois, Filomena ficou com seus cinco filhos sem seu marido, que agora estava no Brasil. Como Emanuele já tinha uma irmã que migrou para o Brasil junto com um cunhado, irmão de Filomena sua esposa, tudo parecia mais fácil. A viagem teve seu inicio em 27-08-1929, foram 13 dias em mar aberto em busca do seu sonho. Chegando ao Brasil a primeira noticia foi que seu cunhado Ângelo Beber, irmão de sua esposa Filomena e casado com sua irmã Rosina Visintainer, tinha sido assassinado por um parente Beber que migrou para o Brasil no mesmo navio e por razões desconhecidas acabaram se desentendendo. Emanuele ficou morando com sua irmã viúva e com os três sobrinhos, órfãos de pai.



Passaporte de Emanuele Visintainer


A situação causada pelo pós-guerra, levou a família Visintainer ao desespero que ia se agravando, conforme esperavam o comunicado para poderem ir ao Brasil, encontrar com Emanuele; esta espera durou por sete anos de 1929/1936.
A família, agora deveria ser liderada por Filomena e Carlo, o filho mais velho do casal. A renda da casa vinha da criação de bicho da seda, alguns animais domésticos e na fabricação de cachaça que era feita no porão da casa com a fermentação da fruta da amora. Nesta época a fabricação de cachaça era proibida, então o jovem Carlo fazia a cachaça no porão da casa, escondido, depois vestia roupas velhas para passar pelos fiscais e não ser percebido e nem interpelado pelas autoridades. Algumas vezes mandava seu irmão mais novo Albino, fazer a entrega para não levantar suspeita. Certa vez Carlo estava levando a cachaça para um freguês quando foi interpelado pelos fiscais, Carlo cumprimentou-os e os mesmos comentaram que estavam ali porque sabiam que alguém estava transportando cachaça escondido. Carlos calmamente disse: Será possível que alguém esteja fazendo isso? Conversou, ainda um pouco mais com os fiscais e depois continuou sua viagem para mais uma entrega.
A venda do produto era feita para particulares, e a entrega era feita nas casas, detalhe: um dos compradores era o convento dos franciscanos. A medida para a venda era feita por copos, taças e até mesmo xícaras. O alambique era escondido dentro de um barril no porão da casa.
As noticias da Itália e de sua esposa e filhos eram através de demoradas cartas, mas Emanuele sempre pensava que embora com muita saudade, estava preparando o futuro de sua família e em breve todos estariam juntos novamente. Mais um engano, pois, com ameaças de guerra as fronteiras italianas se fecharam e estava proibida a saída de italianos naquele momento. A família sozinha na Itália precisava tocar a vida enquanto aguardava a liberação da viagem, com dois filhos pequenos, o mais novo Albino com quatro anos e o mais velho Carlos servindo exercito, Filomena se viu sozinha e com as dificuldades passou a ter problemas para sustentar a família e mais uma vez passaram por um período de sofrimento e fome. Foram sete anos separados e sem conseguir autorização para viajar, foram períodos difíceis e ainda hoje estão vivos na memória de Albino que lembra alguns momentos que nos conta “A nona tirava leite e bem sedo Silvio e Albino, andavam longo trecho a pé para entregar aos clientes e na volta colhiam flores e na beira da estrada ofereciam em maços aos poucos carros e pessoas que passavam para juntar algum dinheiro.” Ao passar enfrente ao Hospital era hora de matar a fome comendo restos de comida dos lixos do Hospital. Silvio conta que tinha uma arma e junto com seu amigo Luiggi Beber, caçavam sabiá (merlo) e tinham que tomar o maior cuidado, pois, as armas eram proibidas e estavam sempre escondidas dentro de um tronco de uma arvore. Entre algumas brincadeiras, uma preferida era levantar sedo antes das crianças passarem para a escola e entre os trilhos cobertos de neve, eles se escondiam e camuflavam uma corda no caminho que era esticada na passagem das meninas derrubando-as sobre a neve o que as deixava muito irritadas.
O porão da casa servia de abrigo para as vacas, criação de bicho da seda e fabricação clandestina de cachaça. Ate hoje ao olharmos o espaço encontramos vestígios e partes escuras das paredes, reflexo da fumaça do fogo feito no inverno para aquecer e se proteger da neve e do frio. A cachaça era feita clandestinamente pelo filho Carlo e com ajuda dos mais jovens e era vendida para pessoas próximas, inclusive padres de um convento que eram seus principais clientes. Do alto da montanha de Vignola onde habitavam, tinham a vista do lago de Caldonazzo, alem da vista maravilhosa o lago servia para a pesca que muitas vezes era a única alimentação colocada sobre a mesa. Durante as longas noites de inverno era proibido ter uma noite tranqüila de sono, pois as grandes nevascas exigiam que se fizesse uma vigília e durante a noite era preciso sair e limpar o telhado que acumulava grande quantidade de neve e corria o risco de não suportar o peso. Albino, o menor, que veio para o Brasil com 11 anos, guarda em suas lembranças todas estas coisas. Nos seus relatos sempre surgem, a imagem de uma grande pedra que ficava nos fundos da casa e ate hoje e uma marca que serve para qualquer um da família que vá à Itália conhecer a casa, a ponte que dava acesso a Mazetti e Vitrioli, a casa da família Zonta, os vizinhos mais próximos e os Baitella, local que habitou sua prima Pia e atualmente e uma bela pizzaria da família.
Quando a família Visintainer conseguiu a liberação da imigração para virem para o Brasil, venderam a casa e tudo mais que não podiam trazer para o Brasil. Os novos proprietários da casa tiveram a intenção de continuar com o alambique, porém, não souberam dar prosseguimento ao trabalho e acabaram presos.


3 - VINDA PARA O BRASIL


Após longos sete anos de espera para virem para o Brasil se encontrar com o esposo, e os filhos com o pai, chegou à carta de liberação para a viagem. A família vendeu tudo o que tinha, e Emanuele, teve de fazer uma dívida de onze contos de réis aqui no Brasil para que a vinda da família fosse realmente possível.


Passaporte de Filomena Beber, Silvio Visintainer e Albino Visintainer

No porto de Genova a grande despedida, parentes e amigos se reuniram para dar o ultimo abraço, a sensação era de uma despedida ”um último adeus”, uma frase dita por Emilia, irmã de Filomena demonstrava todo o sentimento do momento “é como se eles tivessem, pois nunca mais os veremos”. Um amigo Luigi Beber até hoje guarda as lembranças daquele momento, amigo de Silvio e de Albino, foi até o porto se despedir e voltou para casa com um presente, um carrinho de lomba para deslizar na neve. Como naquela época os imigrantes traziam o mínimo de bagagem necessária, por ser muito caro o transporte, o pai de Luigi aproveitou para comprar uma mesa e cadeiras para sua casa e estes bens ate hoje estão guardados em um deposito velho, lembrança viva daqueles tempos.
O bilhete de passagem era de terceira classe e junto partiram muitos imigrantes que partiam para o Brasil e Argentina, todos em busca de uma vida nova.

Passagem de Navio da família (frente)

Endereços de amigos no Brasil anotados por Filomena durante viagem.

Aqui no Brasil a renda familiar dependia do trabalho de dois adultos, porque quatro dos cinco filhos eram menores. Logo, Emanuel, a filha Rosina, e os filhos Carlos e Giusepe, conseguiram trabalho numa fábrica de tecelagem chamada Lanifício São Pedro. Cada um ganhava 400 réis por dia. Mesmo assim, o valor da renda familiar não era suficiente para quitar a dívida.
Após certo tempo a casa onde eles moravam que era de propriedade do Sr. Abramo Tizotti, pegou fogo e só conseguiram salvar a máquina de costura da mãe Filomena e dois baús com roupas que trouxeram da Itália, jogando pela janela. Dessa forma a situação financeira se agravou ainda mais.
O que levou a queima da casa foi uma limpeza que o proprietário resolveu fazer na cantina que ficava no porão.
Quando do incidente, a filha Rosina estava noiva de Antônio Mincatto, seu enxoval também queimou todo. O futuro sogro de Rosina era proprietário de algumas casas de aluguel na pequena cidade de Galópolis e, oferecer à família uma das casas para eles morarem. Sendo assim, o problema da casa estava resolvido momentaneamente, mas a dívida ainda preocupava a família. Na época era costume que todo o dinheiro arrecadado pela família com seus trabalhos deveria ser entregue ao chefe da família e a este caberia saber as necessidades de cada membro. O filho Carlo vendo que com o que ganhavam não iriam conseguir quitar a dívida, resolveu então sair da fábrica. Essa atitude de Carlo causou um confronto com o pai, pois na visão de Emanuele o filho queria se tornar independente e fugir das responsabilidades financeiras da família. Mesmo com a oposição do pai, Carlo saiu da fábrica e foi trabalhar em vacaria como pedreiro. Após um período fora, Carlo trabalhou bastante e economizou seis contos, mais da metade da dívida. Resolveu então voltar pra casa para dar ao pai o dinheiro para pagar parte da dívida, quando chegou, em casa deu o dinheiro à mãe Filomena, para que ela entregasse ao pai, pois naquele momento ela estava só em casa.
À noite quando Emanuele, o pai de Carlo, chegou do trabalho, vendo o filho sentado na escada, lhe disse: - pela mesma porta que tu entraste quero que tu saias. Carlo sem discutir, subiu pro quarto e foi chorar. Emanuele foi para a cozinha onde estava sua mulher Filomena, a mesma estava chorando muito. Ela pôs a mão no bolso do avental pegou os seis contos e entregou ao marido. Emanuele olhou para sua mulher, saiu e foi ter com o seu filho. Ao chegar, no quarto Carlo estava dormindo, então Emanuel debruçou-se sobre o filho beijando-o e pedindo desculpas, e foi nesse momento que Carlo acordou e viu seu pai ali, dando-lhe beijos e pedindo perdão pelo que havia feito com o filho.

4 - TIO CARLO

Em 1936, quando veio a liberação tão esperada para eles virem para o Brasil, Carlo estava noivo e com o casamento marcado. Como ocorreu com Emanuele, também ele deveria se estabelecer no Brasil e só depois poderia trazer sua mulher, que naquele momento era noiva. Acertaram que o irmão da noiva representaria o noivo na Igreja quando do casamento por procuração e depois ela viria para o Brasil.
Carlo trouxe com ele o enxoval da noiva e os travesseiros de pena que seriam do casal. Nestes mesmos travesseiros Carlo chorava muito quando recebeu uma carta da sua noiva que dizia ter ouvido conselhos de sua família e não mais viria para o Brasil. Após alguns anos mesmo sabendo que era casado na Itália, conheceu uma outra moça e se casou aqui no Brasil com ela. O passado tornou-se um segredo da família.

Passaporte de Carlo Visintainer

Em 1952 com 40 anos ele faleceu, mas a família resolveu não avisar a provável mulher que ficou na Itália. Este segredo foi mantido até a década 90 quando Rosina, irmã de Carlo, doente, conta ao filho mais velho do Carlo, Américo que o seu pai era casado na Itália.
Em 2005, Roberto neto de Emanuele, foi à Itália e descobriu que o grande segredo nunca teve sentido, pois a dita esposa de Carlo não havia se casado por procuração tendo como representante seu irmão, na verdade ela desistiu de vir para o Brasil antes de se casar, cancelando assim o casamento.
Como os pais já mais velhos passaram a moram com os filhos que habitavam em Aratinga distrito de São Francisco de Paula, Silvio se integrou aos mais velhos e passou a trabalhar na construção da estrada que ligava a serra ao litoral, Albino o mais jovem aprendeu o oficio de sapateiro e se tornou o melhor fabricante de botas da região. Carlo casou-se com Malvina e teve três filhos: Américo, Marina e Asterio, vindo a falecer aos 40 anos de hepatite, Giusepe não se casou, continuando assim a morar o com a família; Silvio se casou com Clarinha, com quem teve vários filhos, Maria que tem duas filhas; Luiza Antonieta tem dois filhos e os outros todos morreram logo após o nascimento, atualmente vive em Lagoa Vermelha, está aposentado e é conhecido por suas habilidades no artesanato em nó-de-pinho. Rosina Visintainer casou-se com Antonio Mincatto (tio Toni) e ficou morando em Galópolis, teve uma filha Filomena Visintainer Mincatto, que não se casou, atualmente são todos falecidos.

5 – FAMILIA DE SELEDONIA

Idalino Venâncio da Silva, nascido em 04 de março de 1900 na cidade de Terra de areia e falecido em 23 de setembro de 1974 na localidade de nome Boa Vista, filho de Venâncio Francisco da Silva nascido em Terra de Areia e Bernardina Maria Soares,
nascida na cidade de Laguna, estado de Santa Catarina, com mais sete irmãos Apolinário, Deca Venâncio, Maria, Orgenia, Fostina, Eustacia e Joana, foi casada em primeiro matrimônio com Maria, com quem teve dois filhos: Idalino Venâncio da Silva Filho (tio nuta) e Celanira. Com os filhos ainda pequenos, o mais velho com três anos e a mais nova com meses, Idalino ficou viúvo e casou-se novamente com Ernestina Bonifácio Moreira, nascida em 20 de dezembro de 1905 no município de Palmares e falecida em 21 de janeiro de 1979, na cidade de Capão da Canoa, filha de Bernardino Moreira, nascido em Montenegro e Bernardina Bonifácio Moreira, nascida no município de Palmares e neta materna de Dorotéia, com oito irmãos Valdomiro, Dionísio (tio negrinho), Antonio (tio tono), Celanira, Laides, Almerinda, Alzira e Isaura. Da união de Idalino e Ernestina que ocorreu em 07 de setembro de 1929, nasceram nove filhos: Seledonia, Selino, Seni, Nerci, Anita, Almerinda, Agedi, Avani e Eli.

Venâncio Francisco da Silva, conhecido por Pai velho Venâncio pediu pro sobrinho Bernardo filho da tia Bertulina, acender a vela que estava na hora dele morrer e assim que o filho acendeu a vela ele morreu.

6 - COMO ALBINO E SELEDONIA SE CONHECERAM

Com a mudança dos filhos Carlo, Silvio juntamente com Osmar e Oscar Fontaneli, para o Arroio Carvalho onde iam construir o pontilhão do espinho, Emanuele, Filomena e Albino também vieram deixando uma casa confortável com energia elétrica para morar em uma casa de chão e sem energia. Rosina já casada ficou em Galópolis, juntamente com Giusepe que ficou trabalhando na fábrica de tecelagem.
Após um tempo mudaram para Aratinga, onde moravam em uma casa de um só cômodo.
Albino Visintiner ao aprender o ofício de sapateiro, achou por bem montar uma sapataria em Terra de Areia onde o movimento seria maior.
Albino veio com os pais morar em Terra de Areia, próximo ao seu Alípio onde colocou uma sapataria.
Seledonia, que não morava longe, sempre passava na frente da sapataria para levar as vacas para o potreiro. Albino prestou atenção naquela moça que sempre passava em frente à sapataria e perguntou para o conhecido Tavo Sabino, quem era ela; Tavo Sabino comentou que era Seledonia filha do Idalino e Ernestina. Tavo ao encontrar com Eva amiga de Seledonia, comentou que o gringo estava interessado em sua amiga, a mesma rapidamente foi comentar com a amiga o ocorrido.
Seledonia estava namorando Bento Tomaz (atual juiz de paz de Terra de Areia) e pretendiam noivar em setembro daquele ano.
O primeiro Baile que teve na encruzilhada o Bento avisou Seledonia que ia chegar mais tarde porque iria uma novena. Chegando ao baile Seledonia e Enedina Peroni ficaram em cima de um banco na lateral do salão, apreciando o Baile. Albino ao ver que ela estava só, aproveitou e a tirou pra dançar. Enquanto dançavam o Bento chegou e pediu o par, (era costume pedir licença para dançar com a moça) e não devolveu mais; Albino irritado comentou. “Ele vai ver ainda tiro ela dele.”
Neste tempo Selino irmão de Seledonia foi fazendo amizade com Albino e freqüentando a casa dele, onde ficou sabendo do interesse do mesmo pela sua irmã.
Ernestina mãe de Seledonia e Selino seu irmão, não concordavam muito com o namoro de Seledonia com Bento, pois comentavam que a mesma era muito brava e como a família do Bento mexia com espiritismo e com isso o casamento não iria dar certo.
Queza casado com Celanira irmã por parte de pai de Seledonia, fez uma nova casa e resolveu fazer um baile; com a insistência de sua mãe e irmão para que terminasse o namoro com o Bento, ela então resolveu que o primeiro que há tirasse pra dançar no Baile ela namoraria. Selino rapidamente avisou Albino do que a irmã tinha resolvido.
Na véspera do baile Filomena mãe de Albino viajou; Selino agindo como cupido, levou a roupa de Albino para a irmã passar.
O baile ocorreu em agosto de 1949, onde Albino tirou Seledonia pra dançar e neste dia começaram a namorar. Como Selino irmão da noiva ia para o exército, eles resolveram marcar o casamento para o dia 13 de janeiro de 1951 antes da viagem do mesmo.
Albino foi a Porto Alegre comprar a roupa e as alianças.
O noivo marcou primeiro o casamento no civil, pois quem trazia as bebidas era o Oscar Moretto de Maquiné, irmão da tia Malva e assim ele traria o Padre. Atanásio no dia de entregar a bebida, pra celebrar o casamento, mas quando Albino foi falar com o Padre, ele já tinha compromisso e não pode vir.
O casamento ocorreu só no civil, ela vestida de noiva e ele com a roupa comprada em Porto Alegre. A cerimônia ocorreu na casa da noiva. Eles foram morar juntos na casa de Albino e somente em 08 de março de 1951 ocorreu o casamento religioso, onde Seledonia foi com um vestido amarelo com flores grandes vermelhas.
Após o casamento moraram por aproximadamente dois anos em Terra de Areia onde nasceu o primeiro filho Luiz que nasceu sem vida, depois em 1952 mudaram para Aratinga, onde nasceram Terezinha, Maria Elena, Lurdes e Luiz Heleno, após este período, em 19 de março de 1961 mudaram novamente para Terra de Areia, onde no aguardo do término da casa da Boa Vista nasceu Roberto e na Boa Vista pelas mãos da parteira Maria Ferreira nasceu Danilo, e em 25 de junho de 1981 mudam para Terra de Areia.
Albino ia viajar e passou lá na casa de Idalino para ver sua amada; o namoro acontecia sempre na companhia dos pais, quando ele ia embora, montou no cavalo e Seledonia foi para a janela da frente e se debruçou e Albino veio a cavalo e deu um beijo no rosto dela.
Do matrimônio de Albino e Seledonia, nasceram sete filhos:
- Luiz da Silva Visintainer que nasceu sem vida no ano de 1952 em Terra de Areia;
-Terezinha Visintainer Pereira, nascida em Aratinga em 27 de janeiro de 1953, viúva de João dos Santos Pereira, que nasceu em 01 de janeiro de 1949 e faleceu em 22 de junho de 2006, do matrimônio nasceram três filhos:
Rudinei Visintainer Pereira, que nasceu em 31 de julho de 1971, casado com Edinéia Silva Pereira, nascida em 25 de setembro de 1978, com um filho de nome Tomaz Silva Visintainer Pereira, que nasceu em 23 de junho de 2006.
Ricieri Visintainer Pereira, nasceu em 04 de outubro de 1973 casado com Gisele Pereira, nascida em 04 de setembro de 1979, com três filhos: Maicon da Silva Pereira, nascido em 20 de fevereiro de 1991, Douglas Visintainer Pereira, nascido em 02 de fevereiro de 1998 e Luiza Visintainer Pereira, nascida em 12 de julho de 2007;
Rosiani Visintainer Pereira Candido, nascida em 04 de janeiro de 1982, casada com Alexander Candido, nascido em 25 de julho de 1974.
- Lurdes Visintainer Pinheiro, nascida em 02 de dezembro de 1954, casada com Eraldo dos Santos Pinheiro, nascido em 02 de novembro de 1956, com três filhos: Filipe Visintainer Pinheiro, nascido em 24 de julho de 1981,
Alice Visintainer Pinheiro, nascida em 21 de novembro de 1983,
Lílian Visintainer Pinheiro, nascida em 18 de julho de 1986.
- Maria Elena da Silva Visintainer Santos, nascida em 05 de maio de 1956, casada com Arami da Silva Santos, 25 de agosto de 1956, tem duas Filhas:
Elisangela Visintainer Santos, 05 de outubro de 1979, casada com Marcoantonio Rocho Policarpo, nascido em 16 de dezembro de 1974, com quem tem um filho de nome Marco Antonio dos Santos Visintainer Policarpo, nascido em 05 de dezembro de 2007,
Raquel Visintainer Santos da Silva, nascida em 27 de novembro de 1986, casada com Gabriel Borba da Silva, 06 de dezembro de 1984 com quem tem uma filha Isadora Visintainer Santos da Silva, nascida em 19 de janeiro de 2008.
- Luiz Heleno da Silva Visintainer, nascido em 26 de março de 1958, casado com Lídia Lopes Visintainer, nascida em 05 de julho de 1959, tem quatro filhos:
Heitiane Visintainer Finato, nascida em 27 de outubro de 1984, casada com Anderson Finato, com quem tem uma filha Isabela Visintainer Finato, nascida em 22 de julho de 2004.
Giusepe Lopes Visintainer (morto aos 17 anos de acidente)
Vinivius Lopes Visintainer, nascido em 19 de julho de 1987
Luiz Augusto Lopes Visintainer;
- Roberto da Silva Visintainer, 23 de março de 1961, casado com Silvia de Souza Visintainer, nascida em 30 de abril de 1961, com três filhos:
Leandro de Souza Visintainer, nascido em 26 de fevereiro de 1985,
Roberta de Souza Visintainer, nascida em 08 de setembro de 1986,
Paula de Souza Visintainer, nascida em 06 de julho de 1989.
- Danilo da Silva Visintainer, nascido em 16 de março de 1967, solteiro e vive em São Paulo, atualmente trabalha como restaurador, preservando o patrimônio Histórico.

8- DATAS IMPORTANTES

29-12-1879 - Nascimento de Emanuele Visintainer
08-07-1880 - Nascimento de Filomena Beber
04-03-1900 - Nascimento de Idalino Venâncio da Silva
20-12-1905 - Nascimento de Ernestina Bonifácio Moreira
1925 - Falecimento de Mariana Beber
25-12-1925 - Nascimento de Albino Visintainer
15-08-1929 - Partida de Emanuele Visintainer para o Brasil
27-08-1929 - Chegada de Emanuele Visintainer no Brasil
07-09-1929 - Casamento de Idalino com Ernestina
16-07-1931 - Nascimento de Seledonia da Silva Visintainer
03-12-1936 - Filomena Beber embarcou na Itália com seus filhos para o Brasil.
19-12-1936 - Filomena Beber chegou com os filhos ao Brasil.
- Família Visintainer mudam para o Arroio Carvalho
- Família Visintainer mudam para Aratinga
1949 - Albino se muda para Terra de Areia com seus pais
08-1949 - Início de namoro de Albino com Seledonia
01-11-1949 - Nascimento de João dos Santos Pereira (marido de Teresinha)
13-01-1951 - Casamento no civil de Albino e Seledonia
08-03-1951 - Casamento no religioso de Albino e Seledonia
23-12-1951 - Nascimento de Luis da Silva Visintainer (sem vida)
1952 - Família Visintainer volta a morar em Aratinga
1952 - Falecimento de Carlo Visintainer
1952 - Falecimento de Bepina Visintainer
27-01-1953 - Nascimento de Teresinha Visintainer Pereira
02-12-1954 - Nascimento de Lurdes Visintainer Pinheiro
05-05-1956 - Nascimento de Maria Elena da Silva Visintainer Santos
25-08-1956 - Nascimento de Arami da Silva Santos (marido de Maria Elena)
02-11-1956 - Nascimento de Eraldo dos Santos Pinheiro (marido de Lurdes)
26-03-1958 - Nascimento de Luis Heleno da Silva Visintainer
05-07-1959 - Nascimento de Lídia Lopes Visintainer
19-03-1961 - Mudança da Família Visintainer para Terra de Areia (Boa Vista)
23-03-1961 - Nascimento de Roberto da Silva Visintainer
30-04-1961 - Nascimento de Silvia de Souza Visintainer (esposa de Roberto)
1965 - Falecimento de Emanuele Visintainer
16-03-1967 - Nascimento de Danilo da Silva Visintainer
1968 - Falecimento de Filomena Beber
31-07-1971 - Nascimento de Rudinei Visintainer Pereira
04-10-1973 - Nascimento de Ricieri Visintainer Pereira
23-07-1974 - Falecimento de Idalino Venâncio da Silva
25-07-1974 - Nascimento de Alexander Candido (marido de Rosiani)
16-12-1974 - Nascimento de Marcoantonio Rocho Policarpo (marido de Elisangela)
25-09-1978 - Nascimento de Edinéia Silva Pereira (Esposa de Rudinei)
21-01-1979 - Falecimento de Ernestina Bonifácio Moreira
04-10-1979 - Nascimento de Gisele Pereira
05-10-1979 - Nascimento de Elisangela Visintainer Santos
25-06-1981 - Mudança da família Visintainer para Terra de Areia
24-07-1981 - Nascimento de Felipe Visintainer Pinheiro
04-01-1982 - Nascimento de Rosiani Visintainer Pereira Candido
21-11-1983 - Nascimento de Alice Visintainer Pinheiro
17-10-1984 - Nascimento de Heitiane Visintainer Lopes Finato
06-12-1984 - Nascimento de Gabriel Borba da Silva (marido de Raquel)
26-02-1985 - Nascimento de Leandro de Souza Visintainer
18-07-1986 - Nascimento de Lílian Visintainer Pinheiro
08-09-1986 - Nascimento de Roberta de Souza Visintainer
27-11-1986 - Nascimento de Raquel Visintainer Santos da Silva
19-07-1987 - Nascimento de Vinicius Lopes Visintainer
06-07-1989 - Nascimento de Paula de Souza Visintainer
20-02-1991 - Nascimento de Maicon da Silva Pereira
06-09-1997 - Casamento de Ricieri com Gisele
02-02-1998 - Nascimento de Douglas Visintainer Pereira
13-01-2001 - Comemoração de bodas de ouro de Albino e Seledonia
30-09-2000 - Casamento de Rudinei e Edinéia
28-05-2004 - Casamento de Heitiane com Anderson
22-07-2004 - Nascimento de Isabela Visintainer Finato
23-06-2005 - Nascimento de Tomaz Silva Visintainer Pereira
22-06-2006 - Falecimento de João dos Santos Pereira
29-07-2006 - Casamento de Raquel com Gabriel
12-07-2007 - Nascimento de Luiza
05-12-2007 - Nascimento de Marco Antonio dos Santos Visintiner Policarpo
19-01-2008 - Nascimento de Isadora Visintainer Santos da Silva
29-05-2008 - Falecimento de Albino Visintainer


9 - FRAGMENTOS

1-A estempa – Conta Filomena

Uma bruxa muito má de longos cabelos prendeu duas crianças.
Toda vez que as crianças precisavam sair, ela os amarrava na ponta de seus cabelos e depois os trazias de volta.
Um dia as crianças saíram cortaram os cabelos onde estavam amarradas e fugiram.

2- Castelo Galapus

Um homem fez um pacto com o demônio.
Caso o demônio construísse um castelo em uma noite até o galo cantar a alma, seria dele.
Arrependido procurou um padre que lhe deu um conselho.
Um pouco antes do amanhecer coloque o galo dentro de uma bacia de água.
Assim ele fez e quando o demônio ia colocar a última pedra o galo cantou.
E o pacto foi desfeito.
- O castelo realmente existe.

3- casamento na Itália

Casavam com roupa de camponês e depois do casamento os noivos saíam com os bolsos cheios de doces caminhando na rua e todos que encontravam davam um doce.

4 - Brincadeiras de criança.

Cadê o toicinho daqui¿
O gato comeu
Cadê o gato¿
Ta no Mato
Cadê o mato¿
O fogo queimou
Cadê o fogo¿
A água apagou.
Cadê a água¿
O boi bebeu
Cadê o boi
Ta mondo trigo
Cadê o trigo¿
A galinha comeu
Cadê a galinha
Ta pondo ovo
Cadê o ovo¿
O padre comeu
Cadê o padre¿
Ta rezado missa
E porque tu não foi¿
(fazer cócegas)

Hoje é domingo
Teu pai é um gringo
Na porta da venda
Fumando cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bateu no touro
O touro é valente
Pega a gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
E acabou o mundo.

Santa Luzia, passou puraqui,
Com seu cavalinho
Comendo capim.

“Dia de Intrude“
Uma festa que acontecia na terça feira de carnaval, antes da quarta-feira de cinzas.
Era o dia que as crianças adoravam, pois era permitido jogar água um no outro.
Como era tradição, os pais não proibiam.

6 – Lembranças.

- Filomena pegava os netos no colo e dizia:
Como é bom estar aqui com estas crianças, mas, a maça quando fica madura, ele precisa cair do pé.

- No dia que Filomena faleceu:
Ela estava, sentada próximo à porta com o neto Danilo no colo, olhando para um gatinho que estava na porta, ela disse:
Olha Danilo que lindos olhos que tem aquele gato.
Seledonia chegou e disse:
Mãe coloca o Danilo no berço, pois assim sempre no colo ele vai ficar manhoso.
Ela colocou o neto no berço e disse que estava com vontade de tomar um cafezinho, e foi deitar.
Seledonia foi até o fogão a lenha pegou o café e quando chegou ao quarto, Filomena já estava morrendo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Julia Visintainer Ribas

Nasceu dia 11 de agosto em Balneário Camboriu mais uma Visintainer:
Julia Visintainer Ribas, filha de Paula de Souza Visintainer e Ricardo Ribas, neta de Roberto da Silva Visintainer e Silvia Regina Silva de Souza Visintainer, bisneta de Albino Visintainer e Seledona da Silva Visintainer.

sábado, 26 de junho de 2010

E a família Beber vem aumentando!! Seja bem vindo Nicolò.


Nasceu em Pergine, Trento, Italia mais um beber.
Filho de Cristina e Emiliano e irmão da pequena Alice, Neto de Lino e Ìnes, sobrinho de Giuliana.
Parabéns e muitas felicidades  a toda a família.

....Enaqunto isso aqui no Brasil a Julia ja anunciou sua chega para agosto."Vou ser vovô!!!!"

sexta-feira, 25 de junho de 2010

DON OSÓRIO BEBER

Visita a Don Osório Beber, um Bispo Originário de Vignola que atualmente vive em Vacaria , RS, Brasil.

Carlos Visintainer tocando gaita em Masetti, Trento Italia no ano de 1914.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Notícias dos Visintainer

JUNHO 2009 -Una triste notizia: Riccardo Visintainer è morto, aveva solo 56 anni ed ha raggiunto il papà Massimo (primo cugino di Albino e figlio di Riccardo, fratello di Emanuele e di Rosa) e i fratelli Giuliano e Marco nei pascoli del cielo. È ancora vivente la mamma e il fratello Dino, che era presente con la moglie e le 2 figlie alla cena a Vignola. Riccardo era presente anche lui alla cena..